Gilberto Freyre: 30 anos do adeus a um brasileiro universal
Um dos mais importantes pesquisadores sobre a vida e a obra de Gilberto Freyre, Edson Nery da Fonseca escreveu assim sobre o ano de 1987 do pensador brasileiro (biobibliografia publicada no livro Vida social no Brasil – Nos meados do Século XX (Global Editora):
“Instituição, em 11 de março, da Fundação Gilberto Freyre. Em 30 de março, recebe em Apipucos a visita do presidente Mário Soares. Em 7 de abril, submete-se a uma cirurgia para implantaçnao de marca-passo no Incor do Hospital Português. Em 18 de abril, Sábado Santo, recebe de d.Basílio Penido, OSB, os sacramentos da Reconciliação, da Eucaristia e da Unção dos Enfermos. Morre no Hospital Português, às 4 horas de 18 de julho, aniversário de Magdalena. Sepultamento no cemitério de Santo Amaro, às 18 horas, com discurso do ministro Marcos Freire. Em 20 de julho, o senador Afonso Arinos ocupa a tribuna da Assembleia Nacional Constituinte para homenagear sua memória. Em 19 de julho o jornal ABC de Madri publica um artigo de Julián Marías: Adiós a un brasileño universal.”
No livro Talvez poesia (Global Editora), o sempre tão vivaz Freyre refletiu sobre a Indesejada das gentes (como Manuel Bandeira renomeou a morte no poema Consoada).
EM HEIDELBERG:
PENSANDO NA MORTEPenso no alemão que chamou a Morte de
“doce Morte”e disse
“- Vem, doce Morte”.
Eu não chamo a Morte de doce
Sei que Ela é amarga
(O amargor das raízes)
O que eu digo à amarga Morte é
que venha docemente.
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Abaixo, vídeos que celebram a memória e o legado de Gilberto Freyre, produzidos pela Global Editora:
Aniversário da Fundação Gilberto Freyre – 30 anos
Ensaios como romances – os textos científicos de Gilberto Freyre, estruturados com recursos literários e o talento dos melhores escritores.
Sônia Freyre, filha do pensador e presidente da Fundação Gilberto Freyre, revela suas memórias na casa da família, que hoje funciona como museu e centro de pesquisas.