Sonhador ou lutador: Bartô e o movimento por um Brasil literário

Esse título pode ser armadilha. Talvez nem sonhador nem lutador sejam os termos mais adequados. Sonho ou é o processamento de nossas questões pelo inconsciente enquanto dormimos ou é um jeito de dizer sobre um forte desejo difícil de alcançar. E lutador… Ah, luta pode machucar alguém, né? Bartolomeu Campos de Queirós foi homem de ações maravilhosas, mas de gentileza e respeito acima de tudo, como conta quem teve o privilégio de conviver com ele. Seus livros são a concretização – feita com os tijolos que manejava bem, as palavras, por meio de sua consagrada prosa poética – de um jeito generoso de lidar com as durezas da vida.

Nesse vídeo, postado no YouTube, Bartolomeu Campos de Queirós fala do movimento que ajudou a criar, por um Brasil de pessoas que leiam mais literatura.

“O homem é feito de real e de ideal. E a literatura quando aparece para as crianças traz esse diálogo com a fantasia. (…) Se existe o novo é porque foi fantasiado anteriormente. Devemos à fantasia todo o desenvolvimento do mundo.”

 

Quem foi Bartolomeu Campos de Queirós?

Bartolomeu Campos de Queirós viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de “laranja-serra-d água”, no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde residiu e trabalhou. Seu interesse pela literatura e pelo ensino de arte o fez viajar muito por este país.

Um andarilho atento a cores, cheiros, sabores e sentidos que rodeiam as pessoas do lugar, com o mesmo encanto na alma com que observava os rios da Amazônia, dos quais costumava sentir saudades em Minas. Bartolomeu só fazia o que gostava, não cumpria compromissos sociais nem tarefas que não lhe pareciam substanciais. Dizia ter fôlego de gato, o que lhe permitiu nascer e morrer várias vezes.

“Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar.” Em 1974, publicou seu primeiro livro, O Peixe e o Pássaro; desde então, firmou seu estilo de escrita com uma prosa poética da mais alta qualidade. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, entre eles, o Jabuti, uma das maiores condecorações literárias do país. Bartolomeu faleceu em Janeiro de 2012, com 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, deixando sua obra como maior legado.

Conheça os livros de Bartolomeu Campos de Queirós lançados pela Global Editora e acompanhe os lançamentos.

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