“No Urubuquaquá, No Pinhém” é lançamento da Global Editora
Os Contos “O Recado do Morro” , “Cara-de-Bronze” e “A História de Lélio e Lina” que, inicialmente fizeram parte da obra Corpo de baile (1956), foram desmembradas do livro para integrar um novo volume, que recebeu de João Guimarães Rosa o título No Urubuquaquá, No Pinhém. O livro com nova capa e projeto gráfico é lançado pela Global editora em breve.
Contendo três histórias distintas, mas com mensagens parecidas, o livro apresenta “O Recado do Morro”, em que o leitor acompanha os cinco homens – Pedro Osório, ‘seo Alquiste’, frei ‘Sinfrão’, ‘seo Jujuca do Açude’ e Ivo de Tal realizarem uma travessia, a qual encontram desafios pelas estradas e ajuda pelas fazendas onde passam, como abrigo, almoço e jantar. A partir dessas participações, as pessoas mudam a maneira como esses homens vêem o mundo e a si mesmos.
Nesse lançamento da Global Editora, também conhecemos o conto “Cara-de-Bronze”, por sua vez, traz a chegada à fazenda do Urubuquaquá, um forasteiro que se esforça para compor, com os depoimentos fragmentários dos vaqueiros, o retrato do velho fazendeiro apelidado Cara-de-Bronze que, doente recluso em seu quarto, administra a sua propriedade.
E, por fim, Guimarães apresenta “ A História de Lélio e Lina” ansiando por uma mulher, Lélio aporta ao Pinhém. Nessa fazenda, é com uma senhora, dona Rosalina, que Lélio estabelece uma sincera e profunda amizade. Confessando suas paixões, ele recebe de Lina respostas a perguntas ainda não formuladas.
A edição da Global conta com Capa, a partir de um registro fotográfico de Araquém Alcântara e texto de apoio de Regina Zilberman Doutora em Romancística pela Universidade de Heidelberg e intitula-se “O recado do morro: uma teoria da linguagem, uma alegoria do Brasil”.
Sobre o autor
João Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho de 1908, em Cordisburgo, Minas Gerais. Publicou, em 1946, o seu primeiro livro, Sagarana, que foi recebido pela crítica com entusiasmo por sua capacidade narrativa e sua linguagem inventiva. Formado em Medicina, Rosa chegou a exercer o ofício em Minas Gerais e, posteriormente, seguiu carreira diplomática.
Além de Sagarana, constituiu uma obra notável com outros livros de primeira grandeza, como Primeiras Estórias, Manuelzão e Miguilim, Tutameia – Terceiras Estórias, Estas Estórias e Grande Sertão: Veredas. Este último romance levou o autor a ser reconhecido no exterior.
Em 1961, Rosa recebeu o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo conjunto de sua obra literária. Faleceu em 19 de novembro de 1967, no Rio de Janeiro.