Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós

Vermelho amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós, ganhou, sim, um importante prêmio literário, o São Paulo de Literatura de 2012 (pouco depois de morrer, no início daquele ano). Mas sua importância está além dos reconhecimentos oficiais. Cada leitor se sente, de maneiras muito próprias, parte do livro. E normalmente o relê, relê, lê mais uma vez, e outra. Tem muita poesia ao longo das páginas. E construídas à maneira que Bartô consagrou, com palavras simples e elaboradíssimas ao mesmo tempo. No vídeo, a psicanalista e escritora Ninfa Parreiras ilumina as questões desse livro e da escrita de Bartolomeu Campos de Queirós.

 

 

Quem foi Bartolomeu Campos de Queirós?

Bartolomeu Campos de Queirós viveu sua infância em Papagaio, cidade pequena com gosto de “laranja-serra-d água”, no interior de Minas Gerais, antes de se instalar em Belo Horizonte, onde residiu e trabalhou. Seu interesse pela literatura e pelo ensino de arte o fez viajar muito por este país. “Sou frágil o suficiente para uma palavra me machucar, como sou forte o suficiente para uma palavra me ressuscitar.” Em 1974, publicou seu primeiro livro, O Peixe e o Pássaro; desde então, firmou seu estilo de escrita com uma prosa poética da mais alta qualidade. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios, entre eles, o Jabuti, uma das maiores condecorações literárias do país. Bartolomeu faleceu em Janeiro de 2012, com 67 anos, em decorrência de insuficiência renal, deixando sua obra como maior legado.

Quem é Ninfa Parreiras?

Ninfa Parreiras nasceu em Itaúna, Minas Gerais, e mora no Rio de Janeiro há mais de 15 anos. É autora de obras da literatura infantil e mestre em Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo – USP (2006), com a pesquisa: “A Psicanálise do Brinquedo na Literatura para Crianças”. Graduou-se em Letras (1988) e em Psicologia (1997), pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) – Rio de Janeiro. É Membro Psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle, Rio de Janeiro. Trabalha em duas áreas diferentes, marcadas pela presença da palavra e da subjetividade – a Literatura e a Psicanálise; como especialista na Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), desde 1987, e professora na Estação das Letras, RJ (desde 2003) e como psicanalista, numa clínica de atendimentos a crianças e adultos. É membro da Letra Falante, grupo de pesquisa em literatura infantil. É mãe de três filhos: Dafne, Ícaro e Lice.

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